terça-feira, 17 de setembro de 2013

domingo, 11 de março de 2012

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Tenho que cortar as unhas dos pés

Nos últimos meses tenho andado maioritariamente de sapatos pretos, calçados depois de meias pretas.
Conheço um senhor que esteve na marinha vinte e tal anos, tendo perdido muito do crescimento dos seus filhos que, nas suas visitas periódicas a casa, davam instintivamente um passo atrás, revelando alguma desconfiança perante alguém tão ausente e tão pouco familiar.
Quando reparei no tamanho atingido pelas unhas percebi que, nas 8, 9, 10, 11, 12 ou mais horas diárias de trabalho, o processo de auto-desenvolvimento das unhas enquanto unhas e das relações delas com as meias pretas que eu usava se tinha dado de uma forma assombrosa.
A unha do dedo grande sempre foi a unha mais revoltada de todas, pois muitas vezes se viu negra e muitas vezes emigrou, voltando sempre de fininho à casa-mãe. A independência e força dessa unha sempre foi um problema dentro do grupo, pois, apesar das várias viagens que fazia, voltava a casa tomando sem demora o lugar central e toda a minha atenção.
Hoje vou deixar os meus sapatos em casa e calçar as minhas havaianas para ir à praia...

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Agonia da relatividade

Se a vida não se baseasse nalguns pressupostos postos por um alguém, chegaríamos à conclusão que somos aquilo que provavelmente somos.
Aquilo que fazemos teria sempre o valor que provavelmente tem e as reacções dos outros seres a isso teriam sempre a importância que provavelmente têm.
Existe sempre uma moldura para cada quadro, a menos que essa moldura seja a inexistência de moldura, o que não deixa de ser uma moldura.
O tudo é um vácuo sobre o qual cada um de nós exerce uma força gravítica, criando órbitas entre os vácuos que vão, elas próprias, tornando-se vácuos sobre os quais cada um de nós (e os próprios vácuos) exerce uma força gravítica.
O nada é o tudo, mas real (um vácuo único e sem objecto sobre o qual orbitar)!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Consciência

Só há uma coisa à qual pode ser atribuída toda a responsabilidade da evolução.
Para acompanhar o raciocínio que vou tentar explanar a seguir, temos que estabelecer alguns pressupostos. O primeiro é que o Homem existe; o segundo é que o Homem é um ser vivo e o terceiro é que a vida Humana é provida de racionalidade.
O Lavoisier disse: "Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma!"
Dissecando o processo de evolução metafísica de um indivíduo (estamos a falar do Homem como de qualquer outro ser, seguindo os mesmos três pressupostos acima), chego dolorosamente à conclusão de que não criamos nem somos capazes de o fazer.
Temos uma sorte, uma grande sorte que nos leva a acreditar na nossa capacidade de criação. O nosso bilhete premiado é o erro. Um erro de transporte da informação!
O transmitente tem informação que vai sendo moldada pelo seu ambiente. Essa informação é constantemente codificada das mais diversas formas (a umas chamamos arte, a outras ciência...), podendo assim ser transmitida a outros seres. Esses seres distintamente descodificam a informação, auxiliados por toda a informação que já possuem.
A única coisa que vem dar algum picante a isto é a certeza de que a informação não vai perfeitamente codificada nem chega modelarmente descodificada.
A ilusão da criação só se deve ao erro que ocorre no processo de codificação e descodificação da informação.

sábado, 18 de julho de 2009

Fome e apetite da cobra cega


Um prato de salgadinhos entra de assalto e a segregação de fluidos endurece a nossa acuidade sensorial... Basta tocar com algum dos membros anteriores naqueles pequenos demónios em forma de comida.
Mas é bom! Começando, a comer se empanzina. É pena, diz a menina.
O apetite, que não chega a fome, é uma doença aguda que apanha qualquer miúdo ou miúda. A fome é latente e carece de cuidado permanente.
Deixando-me destas rimas coneiras e absurdas sobremaneira, confesso-vos que a fome de todos dias não se sacia com salgadinhos. Estes são injecções que enganam o corpo.

sábado, 11 de julho de 2009

Esta coisa que nos enche

Chegamos a Junho e nasce algo dentro de nós, não importa o que se passou antes, nem o que se vai passar a seguir.
A brisa que a batida das suas asas provocam faz esvoaçar os cabelos e escorraçam as lágrimas dos olhos, repletos da mais genuína esperança. Não importa o que vai ser. Importa quanto apostamos! Importa o que damos, só por dar! A crença que enche de razão a nossa pequenez...
Depois vem Julho, tudo se fortalece.
Nos primeiros jogos matámos saudades, com todos os sofrimentos esquecidos. Nós esquecemos. Esquecemos porque acreditamos piamente que vai ser este ano. E vai ser mesmo este ano!
Em Junho, Julho e Agosto vivemos na mais pura ingenuidade de ser. Ser benfiquista basta!
O Sport Lisboa e Benfica é o único que consegue, naqueles três meses, ser campeão português e campeão europeu. Ninguém pode duvidar que, a cada início de época, o Benfica é o campeão em título. O nome que vai à frente, a miragem que nos envolve.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

6 biliões de pessoas no mundo, cerca de 500 milhões de músicos, 480 milhões destes últimos já tocaram de alguma forma esta música.
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terça-feira, 16 de junho de 2009

"As mulheres têm uma coisa que o homem sempre quer
Eu conheço essa coisa pelo jeito da mulher
As mulheres têm uma coisa que o homem sempre quer
Eu conheço essa coisa, ai, ai, ai...pelo jeito da mulher

Mulher baixinha tem a coisa miudinha
A mulher alta tem a coisa que até salta
Mulher meiguinha tem a coisa apertadinha
Mulher gordinha tem a coisa bem fofinha
Mulher gordinha tem a coisa bem fofinha

(Refrão)

A separada tem a coisa estacionada
Mulher casada tem a coisa bem treinada
Divorciada tem a coisa preparada
Mulher solteira tem a coisa de primeira
Mulher solteira tem a coisa de primeira

(Refrão)

Mulher de idade tem a coisa com saudade
A convencida tem a coisa esquecida
Mulher da vida tem a coisa conhecida
A viuvinha tem a coisa choradinha
A viuvinha tem a coisa choradinha

(Refrão)

Mulher loirinha tem a coisa alongadinha
Mulher morena tem a coisa mais pequena
A mulher macho, eu não sei o que é que eu acho
Mulher do campo tem a coisa que é um espanto
Mulher do campo tem a coisa que é um espanto

(Refrão)

Mulher vaidosa tem a coisa bem cheirosa
A malcriada tem a coisa mal lavada
Mulher severa tem a coisa sempre à espera
Mulher bondosa tem a coisa apetitosa
Mulher bondosa tem a coisa apetitosa

(Refrão)"

(O Poeta Quim)

segunda-feira, 15 de junho de 2009


"Passei por muitos arvoredos,
Pinhais, montes, cidades e vilas,
Colinas, lagos, prédios e ruínas,
Beleza sem fim e horríveis penedos

Andei por planícies e montanhas,
Caminhei por vales e estreitos,
Toquei casas e apartamentos,
Imensas vivendas estranhas

Vivi em barracas e mansões,
Comi do pior, também do melhor,
Topónimos todos, não sei de cor,
Vi lugares de luz e escuridões

Seja a sarjeta ou um céu
Seja na praia ou na serra
Na verdade a minha terra
É onde penduro o chapéu"

António Romano



Cuidado! Se carregarem no play, vão pensar que eu gosto muito da Ivete... Não vejam por favor até 8:35.


O sprint da maratona

Há por aí pessoas que correm para chegar ao emprego a tempo, outras há que se sentam correndo contra o tempo, mas há, sempre que chego à estação da Trofa, um cãozinho de tons beijes que corre contra a ignorância. Boas cordas vocais aquele menino tem.
O mistério da deslocação do comboio sobre aquelas estruturas metálicas incomoda muita gente, e os cães não são excepção!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

"Os pombos não têm sanitas"

O ideal comunista encontra na troposfera citadina um bastião inigualável. Inigualável igualdade que só as leis da probabilidade podem explicar.
Quantos quilómetros cada um de nós já percorreu em pleno centro de uma cidade? Quanto calcário já calcamos sem sequer pensar nisso?
Ninguém saberá quando, mas a verdade é que podemos estar à entrada da loja mais ultra-fashion da nossa cidade, a dirigirmo-nos para o tasco mais rasca para apanhar a buba mais cirrótica da nossa vida, a cantar o Singing in the rain enquanto uma velha é espancada numa das vielas mais próximas ou a mictar na roda de um carro na manhã seguinte à noite mais marcante da nossa vida... A mínima probabilidade de um evento é crescente à medida que esse evento se vai repetindo. Não passem muito tempo nas cidades de Portugal, já há sanitas que cheguem por essas urbes fora!
Nota: O título é da autoria do Gustavo e da Ofélia, mais conhecido por Gustavo Offely... Não fiques chateado, cara!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Enquanto aumento o lixo electrónico, tenho a tv e o rádio ligados e a cortina a esvoçar. Ela bem tenta chegar a mim mas o vento 'tá fraco!A verdade é que neste sábado, onde há muitos celssius a pairar por essa matéria a fora, o Sport Lisboa e Benfica ganhou a Taça de Portugal de Futsal... Era só p'ra dizer isso.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Era puto e andava de carro com o vidro aberto.
Depois de comprar um relógio seiko, daqueles em titânio, me dirigia para casa radiante pela realização do projecto do ano, a compra do relógio seiko. Quando olhava para o vidro meio aberto (ou meio fechado), um íman impulsionava as mãos que guardam o resultado de uma projecção de semanas. Não atirei o relógio mas, em segundos, pensei no que seria a minha vida se eu o tivesse feito. E se o tivesse feito e depois o fosse buscar, ou não? Será que ainda seria um só relógio? Ainda trabalharia normalmente? Muitos riscos, poucos... Definitivamente não sei, só atirando, mas acho que fiz bem (digo eu).

quinta-feira, 21 de maio de 2009

terça-feira, 19 de maio de 2009

Numa cidade atravessada por um rio nascente da regência universal, o ar está carregado do odor distante que o rio traz consigo.
A sobrevivência da população é garantida pelo caudal do rio e pela arte com que se passeia pela ponte entre o concreto e o abstracto, as duas partes rivais da cidade separadas pelo rio, onde já protagonizaram inúmeras guerras civis... Guerras que começam sempre na trémula ponte, deixando-os cair um por um, batalha após batalha.
As negociações de paz são de extrema dificuldade e por vezes torna-se impossível juntar à mesma mesa os responsáveis dos dois lados, cada um reclama a unidade de comando, sem pensar que para lá do rio existe alguém diferente. Essa diferença que enriquece cada um dos lados, tanto quanto cada uma das comunidades conseguir passar de um lado ao outro da ponte. Mas a velha ponte desespera, esperando, os que lá desejam passar, que a ferocidade do rio não enfraqueça as suas fundações.

domingo, 17 de maio de 2009

"SERPENTE ADORADA DO POVO."

Num daqueles duvidosos sites de significados de nomes descobri estas palavras sobre o nome "Deolinda". Não é que eu me interesse especialmente por etimologia ou semiótica, só tinha que encontrar alguma forma de falar na banda da Ana Bacalhau.
Fui ver o primeiro concerto do enterro da gata 2009 e córti (com um bónito "ó"). A experiência musical mais estimulante desde que descobri o Steve Vai, e tem tudo a ver.
Acontece que, enquanto estou a escrever este post, a televisão está sintonizada na SIC, Globos d'Ouro on fire. Sem saber que assim aconteceria, vejo a apresentação dos nomeados para o melhor álbum musical de 2008, entre os quais pontifica "Canção ao Lado". Quem venceu? Um álbum dos Buraka Som Sistema. Não brinquem comigo, por favor!
Ahhh, agora parece que já são a revelação do ano... Que são, são! Mas isso de colocar música e outra coisa que não sei bem o que é (dizem ser Kizomba) no mesmo saco é um cochete esquisito, não?
Não quero que pensem que isto de andar no Fon Fon Fon foi instantâneo, as primeiras vezes custa sempre a entrar, pode até doer um bocadinho, mas quando entra... Meus amigos, aí nem as reticências conseguem explicar a imensidão oceânica do coiso dentro da coisa, ou da coisa dentro do coiso, isso já é discricionário.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Hoje vou ver os cavalos de corrida!
Não é agora nem agora, muito menos agora, mas vou vê-los. Contra a palidez da peste azulífera vamos levantar (erguer também) a voz.

domingo, 10 de maio de 2009

sábado, 9 de maio de 2009

Quando algo define aquilo que está antes e depois de si, a magia desse momento traz a vida cá abaixo.
O enterro da gata começa hoje e vou ver os Deolinda. Esse melrinho, pretinho e sarapintado vai fazer Fon Fon Fon...

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Enterro

É difícil... Por vezes enterra-se a gata, outras vezes enterra-se na gata. Morfologicamente parecido, semanticamente distinto!
Acho que enterrar na gata, durante o enterro da gata, resolveria todos os problemas dos que têm dúvidas em seguir a primeira (enterrar a...) ou a segunda conduta (enterrar na...).
Seja qual for a escolha, 'tou com soninho!!!